Breve historial da UNTC-CS
A história do Movimento Sindical em Cabo Verde, no período pós-25 de Abril de 1974, confunde-se com a da UNTC-CS.
Há dois períodos marcantes dessa história, o que vai de 1974 a 1990, considerado de regime de partido único, e o que se estende de 1990 até esta data, considerado de abertura política e democracia pluripartidária.
Criação e evolução da UNTC-CS
Em 1975, criou-se o Grupo de Acção Sindical (GAS), o qual viria a dar origem à Comissão Organizadora dos Sindicatos Cabo-verdianos (COSCV).
Mais tarde, em 1978, durante a 2ª Conferência Sindical Nacional, realizada na cidade da Praia de 19 a 23 de Setembro, o GAS foi transformada em União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), cuja personalidade jurídica fora reconhecida pelo Decreto-Lei nº 50/80, de 12 de Julho.
A UNTC-CS está implantada em todo o território nacional. Nela estão filiados 21 Sindicatos, sendo 3 de âmbito nacional e os restantes de âmbito regional, ou seja, por ilhas. Dispõe ainda de 3 Federações Nacionais e 3 Uniões Regionais.
A UNTC-CS tem mais de 35 mil membros inscritos, dos quais apenas 50% pagam regularmente a sua quota.
É a maior e a mais representativa Central Sindical em Cabo Verde, de acordo com um estudo realizado pelo Governo, em parceria com a OIT. O estudo revela que 87% dos trabalhadores sindicalizados em Cabo Verde, estão afectos à UNTC-CS, contra 13% que se encontram na outra Central Sindical.
Filiação e Relações Internacionais
A UNTC-CS, desde Novembro de 1991, se filiou na CISL (Confederação Internacional dos Sindicatos Livres), e é membro fundador da nova CSI (Confederação Sindical Internacional).
É membro fundador da CSPLP (Comunidade Sindical dos Países de Língua Portuguesa) e da CSI-Africa (Confederação Sindical Internacional/Região África).
Mantém relações de amizade e cooperação com organizações congéneres de vários países e continentes, nomeadamente as Centrais Sindicais de Portugal (UGT e CGTP-IN), as Centrais Sindicais Brasileiras (CUT, Força Sindical e UGT), as CC.OO (Comisiones Obreras) de Espanha, a OGB-L de Luxemburgo, FNV de Holanda e as Centrais Sindicais dos PALOP’s (Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e São-Tomé e Príncipe).
Na área da formação, mantém ainda relações de cooperação com o Centro de Turim da OIT, o CEFOSAP de Portugal e a Fundação Paz e Solidariedade (FPS) de Espanha.
Promover e defender a liberdade, autonomia e independência sindicais, bem como a consciência de classe dos trabalhadores Cabo-verdianos
Alcançar o progresso económico e social dos trabalhadores.
A UNTC-CS rege-se pelos valores de União, Solidariedade, Justiça, Dignificação da pessoa humana, Coesão e Transparência.
