A secretária-geral desta organização sindical lembrou, igualmente, que a UNTC-CS apresentou duas queixas junto da Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante a sua gestão, por causa da requisição civil que o Governo decretou sem cumprir os requisitos, avisando que o Executivo vai ser comunicado sobre as falhas cometidas.
Joaquina Almeida fez estas considerações à imprensa, à margem do encerramento de um “ciclo de capacitação de dirigentes sindicais nacionais” em Sindicalismo, direitos laborais e ciclo de projetos”, no quadro do “fomento de um sindicalismo forte e de qualidade, com líderes sindicais formados e informados no capítulo das questões laborais nacionais e internacionais”
Iniciada a 28 de Abril, na Cidade da Praia, Joaquina Almeida avaliou de positiva esta formação, alegando que foi decorrida “num clima de muita tranquilidade, aprendizado, muita discussão e de uma análise profunda” e que terminou com um momento de muita reflexão sobre o 1º de Maio, “enquanto um ocasião de luta e de luto”.
Joaquina Almeida disse que o dia foi, igualmente, aproveitado para a UNTC-CS homenagear aos que tombaram em 1886 para que o dia de hoje fosse possível, tendo manifestado a sua preocupação pela perda da “tradição das manifestações e reivindicações na rua” por altura do 1º de Maio.
Acusa o patronato de estar a aproveitar “as fragilidades dos trabalhadores para patrocinar passeatas, piqueniques e os trabalhadores caem que nem um patinho, por um dia, porque são enganados”, pelo que promete fazer de tudo para que no próximo ano possa fazer uma passeata pacífica, no sentido de chamar a atenção das autoridades para o cumprimento das leis.
A sindicalista aponta, ainda, a violação do código laboral, a falta do seguro obrigatório do acidente do trabalho, de entre “muita coisa que ainda precisa ser feita em Cabo Verde”, pelo que alerta os trabalhadores a se consciencializarem dos seus direitos e estarem sempre informados.
Para isto, considera que a união e a solidariedade são princípios que devem estar na linha de base dos sindicalistas, apesar das suas diferenças, com o argumento que independente “das quezilas internas”.
Para a responsável, a organização terá de ter os trabalhadores na linha da frente, unidos e solidários para com os outros, com respeito pelo Código Laboral, para que o país possa avançar no plano do desenvolvimento económico.
O sindicalismo internacional, o nacional, a legislação laboral e uma formação específica em ciclo de projetos afiguram-se como os quatro módulos a que os formados foram submetidos nesta formação encerrada na manhã hoje com a entrega do diploma.
Fonte: inforpress